Contributo para o conhecimento da alimentação eborense em contextos modernos

estudo dos materiais zooarqueológicos do Colégio do Espírito Santo

Autores

  • Maria João Valente Universidade do Algarve; CEAACP
  • Fábio Jaulino Mestrando de Arqueologia /Universidade de Évora
  • Inês Amaral Mestranda de Arqueologia /Universidade de Évora
  • António Diniz Mestrando de Arqueologia /Universidade de Évora/ CHAIA
  • Inês Ribeiro Universidade de Évora; CHAIA/ Doutoranda Arqueologia
  • Leonor Rocha Universidade de Évora/CHAIA

Palavras-chave:

Zooarqueologia, Dieta, Idade Moderna/ Contemporânea, Colégio do Espírito Santo, Évora

Resumo

Apresenta-se neste trabalho o conjunto arqueofaunístico recolhido na abertura de uma sondagem para a colocação de grua de grandes dimensões para apoiar os trabalhos de conservação e restauro das coberturas do Colégio do Espírito Santo, edifício principal da Universidade de Évora.

A área intervencionada foi reduzida e atingiu apenas a profundidade necessária à obra (1 m) pelo que os contextos observados são, nalguns casos, resultado de obras recentes, mas, noutros, apresentavam-se bastante definidos, separados por vários níveis de pavimento. Em termos gerais registou-se a presença de um conjunto de faunas associadas ao quotidiano eborense, na sua maioria decorrente de despejos de restos alimentares, balizados entre os sécs. XVI e XIX.

A coleção estudada, com 285 restos determinados, é relativamente homogénea, apesar de apresentar alguma variabilidade na abundância relativa das principais espécies animais.

Foram identificados mamíferos, aves, réptil (cágado), peixe e moluscos. A maioria dos restos pertence a mamíferos domesticados, de médio e grande porte, salientando-se, por ordem a abundância, os caprinos (nomeadamente a ovelha), os bovinos e os suínos. A estes acrescem equídeos, coelhos, lebres e vários carnívoros (cão, gato, raposa e toirão). Nas aves predomina a galinha, acompanhada do pato e da perdiz. Os moluscos estão representados pela amêijoa, ostra, vieira e Acanthocardia.

A maioria dos mamíferos e das aves foram abatidos em idade sub-adulta e/ou adulta para consumo humano, sendo que as evidências apontam para processamento associado a ensopados e/ou cozidos.

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Publicado

2024-01-06

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